Passara das dez
A casa estava escura e as janelas abertas.
As composições de Chopin ecoavam pelos grandes cômodos
E o senhor estava ali sentado no coração apertado.
Ouvindo cada nota
Pensando em cada desespero, cada dor, cada cansaço.
Lágrimas a conta gota.
Poderia ter dez esperanças em seus bolsos
Mas só possuía desesperança
Marcadamente nietzschiana,
Eloquentemente freudiana.
Todas as linguagens, todos os silêncios, expressos ali
Pelo som do piano, Chopin, Chopin
Perdido e encontrado, entre vazios e desejos.
O que começou bonito, terminou clichê.
Não sou eu e você, eu ou você.
E sim, apenas somos e estamos
Apenas eu que sou e estou...
E o senhor está ali, sentado sobre o coração apertado
Enquanto as composições de Chopin ecoam pelos cômodos.
Ouvindo cada nota e dizendo tudo o que não diz.
A última olhada para trás
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