Ás vezes, assim, de repente
meu peito se desespera
como se águas me invadissem em uma correnteza forte
fico perdido, quase incontrolável
é ele, aquele de nome pequeno, quatro letras, não escrevo mais
mas eu permaneço em mim
firme, ou quase isso
busco nos lugares mais reconditos das minhas lembranças
e repito: sou mais que isso, vou além disso
fui, sou e serei, ainda, amanhã, depois que a lua se for
não mentiria
sutilmente penso
esse batom não deveria estar na minha boca ou no meu coração
mas me dou conta que ele simplesmente está
faz parte de mim, permanece em mim
serei o mesmo depois que a lua retornar, cheia, nova
minguante, eu, minguando, sonhando, vivendo
quarta-feira, 13 de abril de 2016
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A última olhada para trás
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