As vezes nos apaixonamos por aquilo que não existe
Por aquilo, ou aquele que vemos através de uma tela
Por algo que sequer é real, por um personagem, uma forma de olhar
As vezes nos apaixonamos pela identificação que a ficção nos causa.
Te estranhei, repugnei... teus olhos, tua fraqueza
Toda a escuridão e lascividade que emanava em cada passo
Perseguida pelas sombras, afrontosa, vil
E principalmente... absurdamente... lamentavelmente solitária.
Se olhava no espelho e via solidão, sentia a dor no peito por não alcançar com firmeza a luz que tanto clamava
E mesmo assim, inevitavelmente talvez, me apaixonei,
Assim como a criatura fez o homem, a besta, a criatura
Pela sua esperança, pelo magnetismo que dizia: não posso ser, e nunca serei, apenas uma coisa
Te enxergava como quem olha nos próprios olhos através do espelho
E queria ver seus passos até o fim
Tudo como uma doce e obscura ilusão
Mas é isso, apenas, que o poeta sabe fazer, chorar... e em alguns momentos escrever...
quarta-feira, 22 de junho de 2016
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