Algo em mim não se desprende, não solta, não larga.
Talvez eu siga segurando meu antigo eu enquanto caminho.
Carregando tudo aquilo em mim que está morto, que apenas fornece peso.
Talvez eu tenha medo de sentir o verdadeiro vazio.
Tenha medo de identificar os espaços despoluídos e vagos.
Carrego até as tristezas que já não sinto mais.
Meu eu melancólico, destrutivo, o que não sou mais.
Tudo por ainda não conseguir me reconhecer.
Preciso desapegar do que não me liberta,
preciso desapegar de mim e apenas voar como o tempo, com o tempo.
terça-feira, 31 de março de 2015
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