terça-feira, 28 de outubro de 2008

Indiferente

Os problemas e sentimentos se tornaram soldados silênciosos
E eu me tornei água destilada, que não mata nem a minha própria sede
Foi assim que aprendi a me defender, do mundo, de mim mesmo, do que eu sinto.
A verdade é que as dores da guerra foram sempre tão fortes, e a guerra desse ano foi tão dificil.
Certo dia ensinei uma amiga o poder de abstrair, e foi isso que fiz...
Lutei com a espada da abstração
O escudo da frieza
Montado no cavalo negro da indiferença
E hoje me descubro aqui, pensando ser um novo tipo de guerreiro vitorioso
Pobre de mim, perdedor, derrotado por si mesmo
Mas ainda tenho minhas dúvidas se toda essa tensão, essa energia acumulada de coisas ruins dentro de mim, se essa maneira de lutar significa mais força ou mais fraqueza.
Só sei que sou um bravo lutador cansado, de estar assim, aparentemente bem.
Não vivo intensamente, assim como não sofro de maneira forte, nem vivo, nem sofro...
Mas sei que algo dentro de mim quer isso, chorar quando for preciso, parar de comer, parar de fazer, sorrir, correr, ser feliz... mas tenho sido indiferente.
Talvez eu tenha sido aprisionado por essa poderosa rainha de gelo: A indiferença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...