domingo, 27 de julho de 2014

Razão ou emoção?

Me pergunto se o maior pecado do homem é ser racional demais
ou emocional demais, talvez pecar esteja na palavra "demais".
Somos esse organismo funcional e cheio de possibilidades.
Um corpo que flui, em seus fluidos, como um rio que corre.
Um mente que dá conta de tantos afazeres e temores, que é impossível enumerar. 

Além de todas as funções físicas, possuímos uma vastidão de sentimentos
Bons e ruins, tolos e sérios, alegres e obscuros. 
Nossa mente e nossa alma está sempre cheia de yin e yang. 
Sempre pendendo entre esse ego controlador, essa inteligência esforçada e as bobagens de criança.
Afinal, todo mundo tem um desejo guloso depois das dez da noite. 

Me pergunto também o quão estupido é querer racionalizar as emoções.
Talvez nesse rio que somos e que navegamos, não aprendemos a nos deixar levar.
A nos levar menos a sério, a rir mais, a cobrar menos, de nós e dos outros.
Eu sempre erro, é lógico entender que o outro também. 
Todos temos nossas bobagens de criança. 

Então quando você estiver sendo emocional demais, não pense
Emoções foram feitas para serem sentidas.
Quando estiver sendo racional demais, entenda-se, escute a si mesmo
E faça o que você acredita ser o correto.
O ego pode nos dá prazer, mas a inteligência é que constrói felicidade. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Sustentáculo

Talvez toda amargura e medo que vivi tenham sido curados
Costurados por uma capacidade involuntária de despertar amor.
Relendo aqui meus sentimentos vejo o quanto o amor faz parte de mim
De quem eu sou.
Consigo ver aqui como esse sentimento-energia se perdeu e caminhou por lugares sempre tão diferentes
Lugares e pessoas por vezes ásperas, por vezes dóceis.

Me alegro por me sentir tão renovado, completo.
Guardo cada memória como uma estrela que sempre brilhará no meu céu.
Me alegro por ter tido a oportunidade de realmente me amar.
E com isso aprender a realmente amar o outro.
Compreender nosso interior e o que nos é exterior faz parte de amadurecer.
Finalmente sinto minha força real, assim como minha leveza.

terça-feira, 8 de julho de 2014

A única noite

Eu não consigo saber o que eu vi no seu rosto
Eu lembro de cada parte tão bem.
Do olhar que mais parecia bolo quente de chocolate
Quase posso sentir o cheiro
O sabor do sentimento
O desejo latente de destruir meus bloqueios.
Fui seu, por tão pouco tempo na história dos homens que sinto vergonha de assumir
Mas fui.

E ontem, deitado na cama, chorando como criança pequena
Como se isso fosse algo novo para mim
Afogando todas as emoções que eu nem acreditava possuir.
Você foi como o barulho da chuva na janela
Sonífero para sonhos tão lindos.
E eu, eu sempre tão covarde... tão limitado, impedido.
Eu sempre tão eu.
Tão eu que corri, fugi para longe de ti.

E agora, parecendo um maniaco obsessivo
Criei um lugar para as memórias do seu quarto
Um isolamento de cristal para guardar um pétala leve como pena.
Começo a supor que o amor não me pode prender.
Ou que eu não sei ao menos o viver o amar.
Natural em mim só o nome...
pedro...
doria...
qualquer um.

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...