terça-feira, 8 de julho de 2014

A única noite

Eu não consigo saber o que eu vi no seu rosto
Eu lembro de cada parte tão bem.
Do olhar que mais parecia bolo quente de chocolate
Quase posso sentir o cheiro
O sabor do sentimento
O desejo latente de destruir meus bloqueios.
Fui seu, por tão pouco tempo na história dos homens que sinto vergonha de assumir
Mas fui.

E ontem, deitado na cama, chorando como criança pequena
Como se isso fosse algo novo para mim
Afogando todas as emoções que eu nem acreditava possuir.
Você foi como o barulho da chuva na janela
Sonífero para sonhos tão lindos.
E eu, eu sempre tão covarde... tão limitado, impedido.
Eu sempre tão eu.
Tão eu que corri, fugi para longe de ti.

E agora, parecendo um maniaco obsessivo
Criei um lugar para as memórias do seu quarto
Um isolamento de cristal para guardar um pétala leve como pena.
Começo a supor que o amor não me pode prender.
Ou que eu não sei ao menos o viver o amar.
Natural em mim só o nome...
pedro...
doria...
qualquer um.

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