segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O universo e a vida.

Não sei o que está por trás do segredo que envolve nossas vidas.
Me pergunto o quanto sobre o destino é verdade.
Talvez o único segredo da vida seja viver, não viver só porque se respira, viver intensamente.
Viver agora, viver mais e mais.
Viver sem temer.

Cada vez que sol me toca, sempre que observo a noite, é como se o universo me enviasse uma mensagem complexa e codificada.
Às vezes eu só coloco meus óculos escuros ou me cubro com meus lençóis quentes e ignoro tudo ao meu redor.
Isso dura tão pouco para mim.
Por quanto tempo iremos viver? Pergunta estúpida.

domingo, 29 de novembro de 2009

Ressaca do mar

Mais uma vez fiquei segurando a minha prancha com força e observando o mar.
Porque todas as vezes é igual? Sempre fico em dúvida se devo ou não pegar a onda.
E como todas as vezes corro para longe desse mar, corro o mais rápido possível e quando percebo, estou exatamente no mesmo lugar, olhando para ele, pensando se devo ou não entrar.
Empurro a prancha primeiro e vou com tudo para cima dele, como se fosse uma batalha, e mais uma vez a onda me pega, derruba, maltrata, me faz engolir agua pelo nariz, me deixa sem respirar, altera minhas forças, me entuba.
Caído na areia, sem forças, ofegante, espero aquilo tudo passar... ainda sinto as ondas atacarem meus pés, minhas pernas, mas eu não me movo mais...
Morro na areia.
Morro e espero, espero o momento de ressuscitar, espero o momento de viver novamente.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Soneto da solidão.

Mar tranquilo?
Escuro no dia.
Portas fechadas.

Prisão de paredes invisíveis.
Reflexo no espelho estrelar.
Girando em círculos desconexos.

Qual sorriso que eu recebo de volta?
Qual calor eu sinto ao redor?
Do que eu me cerco além de mim mesmo?
Com o que preencho minhas extremidades?

Meus membros se movem para quem?
Para quem escrevo minhas cartas de amor?
E esse correio que nunca chega?
O vento me levará a você? Se você existir em algum lugar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Novo sol

Acho que começo a entender a lição que a vida vem tentando me ensinar.
Bola frente independente de felicidade, dor ou desilusão.
Isso é vida, sempre o mesmo caminho de inconstancias e surpresas.
Me mandaram seguir meu coração e eu o fiz, mas não perco a sensação de arrependimento.
Sou um tolo por isso, não tenho que me arrepender.
Devo mesmo seguir em frente, olhar para o lado, para o outro, mas nunca parar por medo.
Posso estar no deserto ou no meio da multidão...
A dois ou em grupo, não importa...
Farei sempre o que desejar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

na madrugada

Sonhei em um navio...
Navegava sobre um calmo mar.
Falava sobe os meus medos, como aquela imensidão me assustava.
Como o fato de não enxergar o que havia abaixo da camada de agua me deixava nervoso, porém curioso.
Olhava o horizonte e percebia a união de cores entre o céu e o mar.
Acordei calmamente, pensando sobre o sonho, me sentindo no sonho.
O que aquilo poderia significar?

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...