Taquicardia II

Se não você
Pra quê?
Os prazeres da carne, mundanos, superficiais...
E as bocas e os gostos...
Ha-ha
Totalmente dispensáveis.

Se fora... talvez meu não volte mais.
Ah, o que pensar?

Eu queria mesmo me embalar nas batidas do teu coração, e dançar qualquer música que você cantasse para mim, e comer o que você me preparasse.
As vezes me pego longe, de ti, de mim mesmo... mas a sensação não dura sequer um minuto inteiro... me viro inteiro para ti, dentro e fora... sendo seu.

Pra MIM o melhor sabor seria o seu, sempre, absolutamente...
Seria o sabor adocicado e ácido do amor verdadeiro.

O mais engraçado seria constatar hoje que posso te dar tudo. Tudo.
E não ter mais certeza do que posso receber. Quase nada?

Ah, viagem? Para o mar... para o mar.

Taquicardia I

Geladas as minhas mãos não ficam
Mas o meu coração bate com força, rapidamente.
O motivo não é aparente.
Parece doença.
Eu sinto calor... às vezes medo, às vezes vontade de fugir.
Mas o que mais supera o calor, o medo, a fuga, é a coragem, de tentar, de viver.

Eu imagino você e as coisas que você me diz
E imagino você junto a mim... e as coisas que nós faríamos.
Isso me traz um onda pesada de mais calor, mas dessa vez é felicidade, quente.

Algumas vezes eu sinto isso tão forte que me canso, outras é tão forte que crio mais força.
É como se você estivesse do meu lado...
É como se tudo o mundo parasse e só existisse você.
É como se a única música existente fosse a sua voz e o único perfume o seu cheiro.
O único desejo fosse sua boca.
E a maior felicidade fosse o seu amor.

Então eu me deparo com essas possibilidades e vejo que elas extrapolaram, e não são possibilidades, mas sim realidades.
E eu e escrevo me perdendo nas minhas palavras...
e as minhas idéias vão e voltam, cruzadas, trocadas, perdidas.

E eu deixo de dormir para sonhar... e só vejo você.
Então o oxigênio perde sua importância e eu respiro você.
E de todas essas variações e mudanças, só uma coisa não pára, a maneira rápida e forte que isso aqui no meu peito bate.