quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Labirinto

Talvez já tenha escrito isso outras vezes aqui
É um sentimento familiar a mim
Ter medo de sofrer.

Paixão é dor, apego, um sofrimento tão antecipado que até faz tudo perder o ponto
É como uma nuvem que se enche de água, escure e antes do que se imagina, ela se esvazia.
"Chora sem querer", assim como eu.

E se fosse só a paixão, talvez o problema em si seja ser
Não sei ser no mundo
Não sei ser em mim, como disse alguém


sábado, 20 de setembro de 2014

Impossibilidades

Olhando a distância a água cristalina que as vezes mais parece um mar negro
Todo esse céu no qual não caibo
Sou apenas a impossibilidade de mergulho.
Desaprendi a saltar, estou paralisado.

A coragem que evaporou me assusta na medida em que paro de dançar.
A solitude que embalava o meu coração, parece tão rachada.
E eu? Homem caído no barco embriagado ao mar.
As coisas nunca foram tão reais e meus olhos nunca estiveram tão abertos.

Para onde eu vou? O que eu quero?
São perguntas que ecoam no abismo sem respostas.
Apenas estou aqui, mas pouco tenho feito do aqui e agora.
Fugir não é resposta, e batalhar tem sido impossível.

Recortes

Você aquecia o meu coração, era isso que eu te dizia.
Mas você e toda essa história ficou para trás, restando poucos pedaços
Não tão bonitos, não tão sinceros...

Perdurou o desejo de alguém que aquecesse o meu coração
E me fizesse dançar enquanto preparo o jantar.
No começo do ano, o discurso sobre o amor
Hoje tão envolto em nuvens de medo.

Porque "nuvem é você que eu não posso tocar"
Que eu nem sei quem é.
Mas que confesso, sonho em descobrir. 

Tantos dias sem escrever
Tantos dias sem sonhar
Ninguém é culpado, a vida é o que é. 

Nesse jogo de sobreviver, nem sempre acertamos todas as flechas
Nem sempre enxergamos o alvo. 

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...