quinta-feira, 30 de junho de 2011

Restos de sol e...

Algo se perdeu em mim. Um detalhe dos mais sutis.
Perdi a sensação da brincadeira, da leveza.
É como se eu não conseguisse mais ser daquela forma...
Ligeiramente esperto, ousado...
Beirando a falta de vergonha.

Parece que eu estou tenso, inseguro o tempo todo.
E em que ponto esse fio se rompeu?
Eu não sei dizer.
Não sei se tem a ver comigo mesmo, com minhas experiências e ou se isso vem de fora.
Me pergunto se fui sugado, se fui arrastado pela correnteza ou se me joguei do topo para um lugar mais escuro.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Como eu vou?

De alguma forma, algumas vezes, parece que o tempo parou e eu fiquei ali, preso.
Eu sinto uma vontade de chorar desesperadamente, chorar até secar, chorar por horas.
Então eu vejo que está tudo ali, normal, sem nada, parado.
Mas é isso, tudo está congelado, petrificado. Como se fosse um estado eterno.
Geralmente essas sensações antecedem a queda. Talvez até não exista uma queda, e é visível novos estados.

O que acontece quando você percebe que sente e vive diferente de antes?
Diferente de como sempre viveu antes?
Ah Essa vida...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Passado

Tudo isso foi há tanto tempo atrás, mas eu costumo sempre lembrar de vocês.
Todos vocês.
Lembro de como a falta me fazia sofrer.
Então quando me pego voltando demais e perdendo o limite entre o que se foi e o que se é, percebo que é o momento para uma reflexão.
Quantos textos meus eu dediquei a vocês?
Marcas e tempos, cuidado, empenho.
O universo deveria enxergar que eu mereço paz,
pois eu enxergo isso.
Eu busco paz em mim, paz para viver hoje, amanhã.
Paz para carregar com graça o passado.
Quem acorda hoje sem saber quem foi ontem?
Não quero ter maus pensamentos quanto a isso, até acho injusto.
Porém não quero que isso signifique algo.
Espero pelo momento novo hoje, aqui, em mim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

7 minutos

Existe algo na chuva, algo no tempo enquanto chove...
Não sei ao certo definir ou entender, só consigo perceber.
É algo dubil, leve e pesado. Uma sensação de esperança e prisão.

Existe algo na chuva que nunca existirá no sol,
algo purificador, amedrontador.
Nem tudo pode acontecer na chuva, mas é onde tudo pode ser sentido.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lua nova

Em algum lugar da saudade
De outros tempos que se foram e não virão mais
Encontro-me a sós comigo mesmo,
em incríveis e novas descobertas.
Porém meu ser deseja novas e velhas situações que me excluem da solidão.
Não me dito solitário, mas todos somos.
Talvez com o passar dos meses e dos anos entendemos melhor a vida.
Injustiças e merecimentos a parte, nem toda maçã faz bem ou mal.
De toda forma fica a esperança de descobrir a paixão em uma tarde de verão.
Sorrisos sinceros e verdades expostas...
Dias de sol e mar...
Noites de calor e amor.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ode a mim.

Eu não gosto de fazer tempestade em copo d'agua.
Também não gosto de chutar uma pedra e soltar raios raivosos.
Eu gosto de ser sutil, intenso,
mas também gosto de ser agressivo e eficaz.
Claro como a água.
Eu gosto de ter meu silêncio compreendido.
Não gosto de precisar dizer alguma coisa nos momentos mais necessitados.
Eu não gosto de chorar, mesmo aliviando, só se for um choro que vem de fora.
Eu sou tantas coisas e ao mesmo tempo não sou absolutamente nada.
Detesto esse capitalismo imensurável em que vivemos,
e odeio que as pessoas não gostem tanto de poesia e filosofia.
Acho estranho isso de gostar e odiar, mas é do que somos feitos...
Poderíamos ser mais flexíveis e desperdiçar nosso tempo com aquilo que não sabemos bem o porque de não gostar.
Adoro olhar para o céu e sentir o vento bater em mim levemente, faz eu me sentir mais vivo.
O tempo me preocupa e me consola, pois ele é rápido e sagaz, nos tortura e nos acaricia lentamente.
Café e chocolate provocam sensação maravilhosas em mim
E eu amo o mar.
Cachorros me emocionam, gatos não me conquistam.
Acho a lua mais bonita, mas o sol para mim é o senhor do universo, ele afeta todos os meus sentidos e me provoca mudanças corporais.
Leio, mas prefiro escrever.
E quando eu penso que não sei tudo o que deveria saber, me pergunto: e alguém sabe?
Acho o meu nome bonito e gosto muito quando alguém o pronuncia de uma maneira forte, ressaltada.
Eu tenho a melhor e mais preocupada mãe do mundo. E a família mais encantadoramente chata que eu conheço.
Não sou uma pessoa má, mas ser bonzinho não combina exatamente comigo.
E eu penso: de que vale quantos anos meu corpo já viveu, ninguém pode contar o tempo da minha alma.
Refocilo na melancolia e em pensamentos poeticamente tristes. É de mim, não me considero infeliz por isso, mesmo sendo desencantado com o mundo, não é com a natureza, mas sim com os homens e suas leis pessoais e legais.
Música é o que me move e embala todos os dias.
Meus tesouros atendem pelo título de amigos e o meu Deus é mais caridoso do que esses que são pregados por aí.
Um grande amor é quase utópico
E talvez eu esteja um nível acima do egoísmo normal.
Tenho diversas barreiras, mas não me apego a elas.
Eu penso que nossa melhor defesa é sorrir.
O que é perder ou ganhar quando temos vida?

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...