domingo, 7 de fevereiro de 2010

Olhar de malícia e silêncio

Rá, corpos facéis.
Sexo, sexo, sexo, sexo.
Em qualquer esquina, de qualquer jeito.
Valoroso sabor decadente do prazer.

Coloque sua boca e não conte a ninguém,
isso é só uma pequena brincadeira, e nós,
nós somos grandes irônicos hipócritas e infelizes, sorria, pode gemer.

Libere tudo em mim, é tudo perfeitamente,
absolutamente permitido.
Não tenho limites sexuais no escuro.

Não acenda as luzes,
não permita que os olhos sociais me enxerguem,
por favor, isso machuca.

Me conte quantos foram,
me dê um chute...
aproximadamente, não sei.

Você já ouviu falar em pureza?
Vocês se usam como compras de supermercado.
Se o preço aumenta você procura promoções em outro lugar.

É, corpos são assim, facéis, simples, suados e mortos.
Entregue o seu, seja o objeto.
E por favor, não me fale de vazios quando acordar no meio da noite.
Enxergue quem você é e veja sua superficialidade brilhante.
Cale a boca e durma, quando acordar encontre carne fresca,
carne suja, carne dura.

Não procure por mim e não se incomode com o meu isolamento.
Minha carne corta e meu coração bate, somos iguais,
mas minha alma, minha alma expande, ilumina e queima, somos distintos, sim.

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