quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sentimental/Sepulcral

Você queria ser livre e eu queria uma companhia.
Você queria alguém do jeito que você nunca teve coragem de ser.
Eu queria alguém que conseguisse me encontrar.
Nossas mentes se completavam, criamos uma amizade secreta, embriagada.
Amizade que não vinha a tona sob os olhares alheios.
Amizade tão forte e verdadeira, tão apaixonada que nem sabíamos mais se eramos apenas amigos.
Você estava ali, eu estava ali, sem cálculos.
Tínhamos nos encontrado
Como na primeira vez que nos vimos, demos as mãos para atravessar a rua
Nos reconhecemos, pertencíamos um ao outro.
Não desse jeito lógico e contratual que os casais vivem por aí
Não fomos, nem seremos, um.
Mas sim como algo que foge das explicações racionais, como uma energia do universo.
Então, eu me perdi em você tão feio que precisei ir.
E é triste, hoje, ver as verdades sobre nosso amor.
Já não sei onde você está.
Só sei que não existe nós dois em lugar algum.
Não voltaria no tempo, como um rio corre para o mar, as coisas acontecem como tem de ser.
Mas eu rezo, peço aos deuses, que nós deem outra chance, que me deem outra chance para te ver.
Que nos encontremos e celebremos o encontro,
que voltemos a nos reconhecer.
Por quê sim, eu amo a sua alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A última olhada para trás

 Eu ainda amo  Ainda amo e amo ainda Há muito tempo Há muitos anos Há muitas vidas  Eu sinto isso em mim No estômago, no peito, nos olhos No...