terça-feira, 20 de setembro de 2016

Mesquinhos

Somos cruéis
em um mundo de guerras e bombas
suicídios e caos
Seguramos o amor

Prendemos o amor dentro de nós como passarinho na gaiola
Impedido de voar, de chegar nos horizontes infinitos

E lá estamos nós, sozinhos à noite, agarrados com o travesseiro
Por que somos homens que tem medo de outros homens
Medo do amor,
medo de amar

Medíocres e patéticos escondemos os sentimentos bonitos lá no ínfimo da alma
Apertamos nossos corações até que ele tenha um infarto emocional
Até que o sangue do afeto pare de correr livre

Loucos por sermos deveras normais, comuns, indiferentes.

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