terça-feira, 17 de novembro de 2015

bagunça

pare, apenas pare
você precisa enxergar bem no fundo dos meus olhos
precisa saber em qual degradê entre o brilho e alegria está meu sorriso.
vem, me morde, fica mordido e me transpassa.

atravessemo-nos, como o impossível chegando ao seu último nível.
dentro dessas paredes de vidro e dessas leis fétidas formadas por coliformes fecais.
mergulha nesse rio morto, nesse vale destruído.

vem, segura-me a mão e puxa o ar quente com força.
tenta junto de mim sobreviver, a isso... a mim, a nós.
alarga esse teu peito, abre, puxa e cospe sem asco, ou com, pode se atrever!

quero deslizar sobre você te possuindo
enquanto você laça minha alma e meu coração num nó apertado
quase me fazendo agonizar.

bate em mim com força
não usa tuas mãos
corre, foge, se esconde, faz meu querer querer te achar.

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