domingo, 15 de novembro de 2015

Fall apart

Estou feliz e então, de repente... não resta nenhuma gota de alegria
Estou contente e de repente eu consigo sentir todo o sofrimento ao redor.
Não suporto a ideia de ter que aceitar que o mundo é como é.
Não falo de paz ou caos, um precisa do outro.
Falo da crueldade humana, do egoísmo, da disputa de poder.
Tudo isso me enoja, me faz deitar na minha cama e me retorcer.
Não aceito o quanto somos aprisionados pelo o que temos ou por quem deveríamos ser.
Soldadinhos de chumbo escoltados um atrás do outro,
Enquanto uns julgam que não são de carne, sangue e ossos.
E toda a poesia dos nossos sentimentos?
Poderíamos tanto, tanto, tanto... mas estamos espremidos e convencidos que podemos tão pouco.
Ou apenas podemos somente para nós.
E a pior parte é que preciso respirar fundo, fechar meus olhos e fingir que isso tudo não existe.
Mas quer saber? Não me conformo e acredito que um dia verei outros universos, outras formas de seres humanos, algo mais parecido com dóceis cães.
A raça humana é condenada simplesmente a ser o que é desde que surgiu nessa massa gigante de terra e água... ninguém pensa que essa não é verdade absoluta.
É que o homem não lida bem com incertezas, ele precisa de tudo ou tudo.
E eu vou, deslocado, desiludido, desconstruído, seguindo esse mar violento.

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