As vezes dá uma agonia ácida, meio quente
Um aperto nesse peito que chora, mas com olhos secos bem acima
Como um vendaval que não se move por não encontrar espaço
Como uma explosão sem vestígios
E na correria do sentir, penso
Que nem tudo é tão apressado
E que, mesmo que fosse, agora não é o último dia ou o último tempo
Por vezes os sentidos nos pregam uma peça
Aquilo que a gente vê ou que passa por perto nos engana
E eu sempre nesse verbo em terceira pessoa
Como se eu pudesse saber
Mas então respiro
Deixo ficar e deixo ir
É só mais uma vez, nem primeira, nem última.
domingo, 13 de novembro de 2016
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