sábado, 3 de dezembro de 2016

Alquímico

Dezembro chegou ao mundo com pavor 
E eu caminhando cheio de amor
Quantos homens consigo mastigar?
Sem evitar nenhum olhar

Costumava pensar no tempo como o senhor de tudo
Exato e perfeccionista nos mínimos detalhes 
Acredito que errei e sigo errado sobre minhas suposições 
Quem somos nós para mensurar em dias, semanas, anos ou décadas
Se a centelha da vida segue um curso imprevisível?

Olho para todos os lados
Sou amigo de quem, meu bem?
Com todo esse sentimento humano que carrego comigo
Sento nos bancos das praças ventiladas, sem pressa
Brinco com o mar num mergulho, enquanto o céu azul cobre todo o planeta
Às vezes as músicas são as mesmas, eu também 

E no fundo do olhar, quando meus olhos tornaram-se candentes, os fechei
Sem mágoas de tempos ou palavras 
Como o velho garoto cheio de alegria que corria pelas ruas 
Ou o homem que usou sua força com benevolência 
E assim o universo conspirou, 
e você dormiu no meu colo
Tudo sem nenhuma garantia, tudo no seu exato lugar.

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