De repente pensei o que fica depois que você morre e passa a ser somente um nome lápidado em uma pedra, não diferente de todos os outros...
O que resta? Digam-me o que é...
Acredito que é o que você foi e nunca deixará de ser, os seus atos, as sementes invisivéis que plantou em corações desesperados por cores vivas.
O corpo, algo tão valorizado, mas tão vuneravél, tão pequeno comparado a alma.
Ela resta, ela fica para sempre, vagando, acima, abaixo, em outro corpo, em outro ser. Será mesmo que é dado uma nova casa a nossas antigas almas? Por quantas casas a minha já pode ter passado?
Será que o meu corpo é tão importante assim, não penso nisso, sempre me fixo nos olhares e nos sorrisos, para isso basta qualquer olho, qualquer boca...
A nossa grande sorte é estarmos sujeitos a sermos libertados desse mundo cheio de tantas cinzas antigas e indestrutiveis que acabam por nos derrubar e enfraquecer.
Sorte da nossa grandiosa alma imortal, mas não nesse mundo, em qualquer lugar.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
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